Longe iram os tempos em que tudo se passava em escassos metros quadrados e com recursos limitados.
Após várias décadas de crescimento a empresa era hoje reconhecida em Portugal e começava a conquistar negócios além fronteiras.
Conhecendo os cantos à casa pelos longos anos de trabalho e dedicação, o António assumiu naturalmente a liderança da empresa.
Era a pessoa certa para manter a empresa na sua rota de crescimento. Não desiludiu.
As vendas continuaram a crescer. Investiu em novas instalações e equipamentos. Renovou a gama de produtos, reforçando assim a imagem da empresa.
No entanto, apesar de todo o investimento realizado, chegou um dia em que as vendas estagnaram. E passaram vários meses assim.
O António não podia deixar de pensar que: “as coisas sempre correram de feição, e agora que temos um produto reconhecidamente superior e melhorámos as condições de trabalho e a organização não está a corresponder...”
As Vendas diziam não conseguir vender por dificuldades na entrega, a Produção queixava-se de muitas vendas de produtos “especiais” em pequenas séries...
O que poderia ser feito para ultrapassar esta situação?
Na realidade, o António acabou por entender que a solução passava pelas pessoas da sua organização, começando por si.
Quando tinha sido a última vez que tinha reunido os seus colaboradores e lhes tinha dito quais os objectivos que a empresa pretendia alcançar e o que contributo esperava de cada um?
Há quanto tempo não reviam a estratégia comercial e os canais de distribuição, apesar do mercado ter mudado nos últimos anos?
O que poderia mudar na gestão das operações para corresponder aos níveis de serviço exigidos pelos clientes?
Trabalhando com a sua equipa de gestão o António foi encontrando respostas para estas e outras questões, conseguindo assim promover uma mudança na organização que lhe permitiu alguns meses depois começar a alcançar os resultados esperados.
Foi um trabalho árduo, em que a organização teve que reunir uma equipa com as capacidades/competências necessárias para corresponder às alterações do negócio e com a vontade para mudar hábitos antigos e fazer diferente.
O António aprendeu que sem comunicar objectivos claros as pessoas não se mobilizam para os alcançar e que se queremos alcançar resultados diferentes, não podemos continuar a fazer as coisas da mesma forma como sempre fizemos no passado.
Se a história do António lhe é familiar, talvez esteja na hora de pensar de que forma deve comunicar com as suas pessoas e como as mobilizar para operar as mudanças necessárias na sua organização.
In Revista Human, Dezembro 2017